- Mas não a nós - volveu o Administrador. - Nós preferimos fazer as coisas com todo o conforto.
- Mas eu não quero conforto. Quero Deus, quero a poesia, quero o autêntico perigo, quero a liberdade, quero a bondade, quero o pecado.
- Em suma - disse Mustafá Mond -, você reclama o direito de ser infeliz.
- Pois bem, seja assim! - respondeu o Selvagem em tom de desafio. - Reclamo o direito de ser infeliz.
- Sem falar no direito de envelhecer, de ficar feio e impotente, no direito de ter a sífilis e o cancro, no direito de não ter de comer, no direito de ter piolhos, no direito de viver no temor constante do que poderá acontecer amanhã, no direito de apanhar a febre tifóide, no direito de ser torturado por indizíveis dores de todas as espécies.
Estabeleceu-se um longo silêncio.
- Reclamo-os a todos - disse, por fim, o Selvagem.
Mustafá Mond encolheu os ombros.
- Oferecemos-lhos da melhor vontade - respondeu.»
Admirável Mundo Novo
2 comentários:
Há um mostafá no admirável mundo novo?! bem me pareceu que nunca tinha lido isso por anti-semitismo! xD
Mas, anti-semitismos à parte, ser pessoa é mesmo assim. Pelo menos na teoria jurídica, não sei se na psicológica também! :p
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ahhhhh como eu sou selvagem!
Também, pensando bem, k graça teria a vida sem isso tudo? Como diz o BossAc "o k seria do amarelo se tudo fosse azul"?
Bora ser infelizes oh xD
e acabaram-se as mini-tardes!
lalalalaaa k bom ter um comentário da minha visita assídua ^^
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